Toronto, Maio de 2007
Foi como se cada minuto perdido fosse um desperdício demasiado valioso. Foi por isso que aproveitaram todos, os minutos e até os segundos, porque mesmo antes da despedida já ambos sabiam que tudo iria saber a pouco, demasiado pouco, ou ao nada que os gelou no momento do adeus. Há relações assim, inexplicáveis, assentes num “bond” que se vive mas não compreende; ele existe, está lá, numa palavra inesperada que é a razão ou num silêncio surdo que diz muito; num sorriso genuíno que é toda a felicidade ou num olhar profundo que serena uma vida. Bond, grande bond.